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PREVI - Edifício Marques dos Reis 

Rio de Janeiro/RJ
2010/2012
 
Projeto de Retrofit 

EQUIPE ARQUITETURA:

 

Henrique Mindlin Associados 

Arquitetura e Planejamento Ltda

 

INFORMAÇÕES TÉCNICAS:

 

Área construída: 13.474m²

 

Consultoria geral: Zalcberg Arquitetos Consultores

Paisagismo: Paulo Aranha

Estrutura: PROSENG-Projetos Serviços Engenharia Ltda

Ar-condicionado:  Consultar Engenharia Ltda

Consultoria LEED:  Centro de Tecnologia de Edificações

Construção:  IBEM

Cobertura verde e esquadrias acústicas dialogando com gradis art nouveau da década de 40. O retrofit do Edifício Marques dos Reis é um exemplo da adaptação de antigas estruturas aos usos e tecnologias contemporâneas.

Inaugurado em 1949, o antigo Edifício Previdência faz parte do conjunto de edificações construídos após a abertura da Avenida Presidente Vargas em 1944. O edifício foi erguido seguindo as diretrizes urbanísticas do Plano Agache (1930), onde as edificações desse trecho da nova avenida tiveram seu gabarito limitado em 12 pavimentos com galeria sobre pilotis para a circulação de pedestres. Antiga sede do Banco do Brasil, o edifício que hoje pertence ao Fundo de Previdência dos funcionários deste banco (PREVI) apresenta-se como opção para o mercado corporativo carioca.

Localizado no entorno da Igreja da Candelária, o edifício ocupa um lote de 920m² na esquina formada pela Praça Pio X e a Rua da Candelária.  Possui área total construída de 13.474m² subsolo, térreo, sobreloja, jirau, 12 pavimentos e a cobertura, que originalmente abrigava espaços técnicos, e hoje tem parte de sua área destinada a um salão e terraço para eventos. Os pavimentos destinados ao uso corporativo localizam-se na sobreloja (670m²) e no pavimentos tipo (2º ao 12º pavimento) com lajes de 908m² dotadas de conjuntos de sanitários, copas e compartimentos técnicos.

Seguindo as premissas de reaproveitamento e adaptação inerentes a um retrofit, a estrutura foi reaproveitada e as fachadas em art decó preservadas com uma única alteração, a substituição das esquadrias originais em madeira por modelos em PVC com tratamento acústico.   Já nas esquadrias em art nouveau do térreo e da sobreloja, foi realizado um minucioso trabalho de restauro das partes danificadas com posterior acabamento em pintura. O revestimento do embasamento em granito foi mantido recebendo apenas polimento enquanto que no corpo do edifício foi aplicada pintura texturizada em tons de bege.

Nas lajes corporativas encontram-se os pontos de maior complexidade dentro do projeto, inserir tecnologias como piso elevado e um novo sistema de climatização numa estrutura com pé-direito útil baixo em virtude da altura das vigas (50 cm) que cruzam as salas. Como as seções dos dutos de ar-condicionado são de grandes dimensões, a alternativa de “furar” as vigas logo foi descartada devido ao alto custo financeiro necessário para assegurar a estabilidade do sistema. A solução foi compatibilizar o projeto de climatização desviando os dutos das vigas através de curvas próximas aos pilares, essa proposta fez com que fossem criados “armários” para ocultar essa manobra, além de servirem como locais de armazenamento de material de escritório para os futuros usuários.

Um dos pontos de destaque na edificação são os revestimentos em mármore de origem italiana presentes no piso e nas paredes do hall dos elevadores. Nos pavimentos tipo encontram-se mosaicos em xadrez formado por peças com tonalidades brancas e vinho no piso, já no térreo, encontramos uma paginação que mistura motivos geométricos e orgânicos através de peças negras e em tons amarelados.

Com relação à tecnologia, o edifício foi equipado com elevadores de última geração (casa de máquinas acoplada à cabine), janelas com tratamento termoacústico, sistema de reaproveitamento de águas pluviais, sistema de ar-condicionado central, gerador e cobertura verde. Todos esses itens somados a um rigoroso gerenciamento da obra concederam ao edifício a certificação Green Building Council Leed na categoria Silver.

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